As crianças são os principais utilizadores dos antibióticos, especialmente pelo facto de serem mais susceptíveis aos problemas respiratórios e tudo o que envolva garganta e ouvidos. É rara a criança com 2 anos que nunca fez toma de antibiótico oral e arrisco-me até à dizer que, na grande maioria,  já fez mais que uma vez!

Na realidade, enquanto profissional na área farmacêutica, já não consigo contabilizar as vezes que ouço:

“Veja lá que nem um antibiótico lhe/me passou!”

Tirem da ideia que tudo se resolve com antibióticos e que estes medicamentos são ‘o remédio para todos os males‘! Têm vantagens claro mas também provocam muitos danos colaterais. Além disso, retenham esta informação – os antibióticos não são usados em tratamento de viroses que são a grande maioria das situações que os nossos filhotes trazem da escolinha! Os antibióticos combatem bactérias!

A toma recorrente de antibióticos vai dar a informação ao organismo de que estamos a ajudá-lo a defender-se de um agente externo e impedir o organismo de aprender e criar mecanismos de autodefesa! Além disso, quando tomamos antibiótico não são apenas as bactérias más que ele destrói. Também as bactérias boas sofrem com a toma, ou seja, as bactérias que fazem parte da nossa flora intestinal, que permitem o bom funcionamento dos intestinos e ajudam o nosso sistema imunitário (nome complicado que damos ao exército que nos defende de agentes externos).

Este impacto negativo no nosso intestino e imunidade, acaba por gerar situações desagradáveis como intolerâncias e alergias alimentares e até alterações na flora vaginal, no caso do sexo feminino. Só para que percebas melhor como isto acontece – o nosso intestino é o órgão principal responsável pela seleção dos constituintes da nossa alimentação, fazendo uma filtragem e escolhendo o que é bom e necessário para absorver para as nossas células e eliminar o que não interessa. Mas este processo fica comprometido quando a flora intestinal está desequilibrada, promovendo uma hipersensibilidade intestinal e, por consequência, levando ao aparecimento das tais reações alérgicas.

Mas como é que podemos evitar isto!? Haverá outro plano que não a toma de antibióticos? ATENÇÃO, o meu objetivo com este texto não é que passes, apartir de agora, a ser contra a toma de antibióticos mas sim que conheças outros caminhos que podemos tomar inicialmente, tentando evitar a toma dos mesmos. E, por isso, tenho uma excelente notícia para ti – existem óleos essenciais com os mesmos benefícios dos antibióticos e sem os efeitos colaterais referidos anteriormente! No fundo, a aromaterapia é a cereja no topo do bolo no que toca a este tema, pois mesmo sendo natural, quando usado devidamente, traz benefícios ao nosso organismo mas torna-se um grande inimigo para a doença, sendo extremamente eficaz quer na prevenção quer no combate!

Passemos ao que interessa! Como usar a Aromaterapia para melhorar a saúde de todos, especialmente, das crianças, diminuindo idas ao hospital e toma de antibióticos!?

O primeiro passo – a prevenção! Os óleos essenciais são muito poderosos no reforço do sistema imunitário e isto leva-nos às seguintes observações:
– os SOS’s acontecem com menos frequência
– os sintomas são menos exacerbados
– a duração é mais curta

Existem vários óleos com efeito imunoestimulante como:

– Eucalipto radiata – não só ajuda na estimulação do sistema imunitário como também ajuda no controlo da temperatura corporal e em situações respiratórias como é a congestão nasal. Usado maioritariamente via aromática.

– Ravintsara – o grande aliado na estimulação do sistema imunitário e no combate a gripes e constipações. Muito usado via tópica.

Poderás sempre usar uma mistura de óleos essenciais que ajuda nessa estimulação.

Se mesmo prevenindo, as situações acontecem, passamos ao segundo passo – o combate ao problema e aí, destaco 2 principais óleos essenciais que têm propriedades antibacterianas bastante elevadas :

– Tomilho qt. Tujanol – não só antibacteriano como anti-viral. Além disso, muito usado com o objetivo de estimular defesas.
– Melaleuca – excelente antibacteriano, antifúngico e antissético. Na maioria dos casos, usado em aplicação tópica pois tem um aroma intenso amadeirado.

Além da utilização dos óleos essenciais, é importante que, no mínimo, duas vezes por ano se faça um reforço de flora intestinal, recorrendo a prebióticos, em caso de manutenção ou no caso de diarreias usar mesmo probióticos!

Que apartir de agora o teu mindset mude para uma preocupação maior na prevenção e pensando que existe o plano A que é a Aromaterapia e, posteriormente, caso não haja melhoria, passar aos medicamentos.

Nota que estas dicas não substituem o papel de um aromaterapeuta. Para teres acesso a um aconselhamento mais personalizado e adequado ao teu contexto familiar e condição de saúde, aconselho a marcar uma sessão de aconselhamento de aromaterapia.

Cátia Fernandes – a tua aromaterapeuta e consultora de sono infantil